segunda-feira, dezembro 28, 2009

Por que tenho que conviver tanto com a dor?


Não, isso não é uma frase de Gregory House, mas bem que podia ser. A dor me acompanha agora bem mais próxima e quem dera que fosse só a física, ou que fosse só a emocional, o importante é que fosse só uma, mas não as duas, mas ironicamente tinha que ser as duas nessa simbiose doentia que me persegue, asa de morcego na minha pá esquerda e asa de anjo em minha pá direita, quem me dera ao menos pensar menos nela, por que se eu esquece-la ai sim ficaria incrivelmente doente, só com um tiro no lóbulo frontal ela sairia de minha mente segundo a idéia física e biologica da formação humana, mas quem sabe exista algo além que não possa ser destruído, algo além da compreensão porra-humana, e se for real mesmo essa parte espiritual então não tenho escapatória isso me perseguirá pela eternidade, logo resta me dizer: pensar menos e não esquecer é o meu singelo desejo. Meu joelho dói, meus ossos estalam mais do que o normal até minha caixa toráxica parece a de um velho ou até mesmo de um esqueleto de laboratório e o pior é que os exames que fiz deram tudo bem que sou bem saudável, preciso fazer um específico para isso e mesmo assim nem sei se irá constar direito o que sinto pois há algum tempo que ando com sintomas novos aparecendo, porra de vida quem dera fosse tudo mental, e que algum placebo me curasse mas sou muito cético pra isso, não sei por que eu, que era tão saúdavel ando tão doente e isso começou a aparecer quando estava relativamente tudo bem, mas nunca vai embora nunca some, um ano passado assim é muita crueldade nem Dr. House suportaria isso, pois sei que ele é praticamente inatingível com sua prepotencia e tudo mais, mas ao menos a dor dele é unica e não se espalha, já minhas enfermidades se renovam e aparecem novas, e até pioram, ele até que está estável e até acustumado com seu quadro manquejante, mas quem me dera ter uma vida parecida com a dele, ao menos ele faz o que gosta, ao menos ao que aparenta ele não errou tanto na vida, aliás o pior dos meus erros não é por que sabia o certo e fiz mancada mas sim o erro de ter feito tudo que achava certo mas desmerecer tudo mais na vida, e isso sim que machuca, isso sim que perturba, quando agente faz todo o impossível e além, para quem agente dá valor, para a família, mas nunca é suficiente, never enough, eu faço 99.9% mas como não faço 100% sou demasiado errado, demasiado imperdoável, quanto custa, quanto valeria, para ter ao menos uma noite de sono feliz, uma noite sem problemas pra durmir, um dia inteiro sem meus desesperos, pior que sou assim desde cedo...

Desde jovem todo esse desassossego me acompanha, todas essas questões complexas, os dilemas da vida, não tenho culpa nem mesmo acho isso um problema grave, mas é horrivel viver com uma mente que funciona em um nível tão rápido, que não para e que tem tantas teorias para tantas coisas, queria ser mais lezado mais tolo, ser meio bobo, ter uma vida pífia, quem sabe assim não fosse tão assolado pelos "Por quês", é já basta, quem sabe um dia eu conserte esse texto.

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