sábado, maio 29, 2010

Relâmpago que chora

Às vezes só quero me sentir bem, bem entre aspas, bem do meu modo, na minha solidão de intelecto, sinto saudade enorme da minha saúde, e mais ainda dos confrontos mentais com minha lucidez. O lado bom desse tormento que passo a todo o momento é que enfim consegui me sentir inspirado de verdade pra escrever, demonstrar tudo que sinto, expelindo sem medo o sumo do meu ego. Encontro-me em um patamar diferente disputando contra tudo de uma só vez, sinto algo rasgando meu peito, ao perceber que não percebi que estava a deriva, estou assim solto em um mar, não ligo em diferenciar o mar calmo da tormenta, mas eu devia ao menos tentar, mas que nada sou um naufrago estranho, que não procura terra firme, procura é mais delírios, mais horizonte pra se distanciar e mais coisa pra sonhar. Os textos que eu lia os vídeos que eu via, a cultura que eu absorvia antes me fazia sentir mais desapegado do social, porém é muito difícil pra mim agora, de tanto tempo a deriva, qualquer mínimo abalo na minha parte social eu me despedaço e fico confuso de novo, sei que procurava o delírio, mas quando não tenho o controle dele, me assusto, será que desaprendi a viver? Será que meu destino é tentar me afastar sempre? Procurar sempre uma nova ilha, mas sem nunca passar mais de um dia no porto, ou será que devo achar a minha ilha, a única e eterna?

Eu preciso de algumas coisas, eu sei que preciso algumas que todo mundo precisa, mas não preciso muito, as coisas que os outros gostam, eu preciso muito pouco, viver pra mim é... Nem preciso viver pra sempre. Enquanto alguns só se contentam quando conhecem meio mundo, eu me agrado em saber que tem um mundo todo que não precisa me conhecer, não sou um cara fechado nem isolado, sou apenas um cara que não quer ser incomodado. Sofri tanto nessa porra de vida que não tenho mais fôlego pra disputas ferrenhas, quero apenas ter meu resto, meu local de descanso, meus momentos seguros, já arrisquei muito, e prevejo que me arrisquei mais uma vez. Vou pular o parágrafo sem obedecer às regras...

Sei que consigo dar tudo de mim por alguém e que consigo fazer quem está ao meu redor se sentir bem, porém quando eu estou mal, ninguém tem muito tempo pra ficar ao meu lado, ninguém tem muito tempo pra gastar, e sempre diminuem seu nível de gostar de mim, conforme os poucos minutos que eu passo mais afastado, mas eu não, eu não sou assim, pouco tempo ou muito longe de mim não importa muito, pois eu baseio as coisas pela intensidade, eu não tenho noção de tempo, minha cabeça não usa essa medida, não sou da quantidade e sim da qualidade. Eu me jogo de mais, como sempre, essa frase vai me acompanhar pra sempre, FUCK IT. Não sei direito o que ocorres, se eu pudesse me esquivar antes de um raio me atingir, e tentar eliminar tudo que faz ficar vulnerável a isso, eu faria isso. Se tivesse como prever ao menos pequenas coisas, eu me machucaria menos, mas o pior de tudo é que sempre acredito de novo, sempre creio que vai ser diferente, que vão me entender, que vão ver além do simples, mas não tem jeito eu vou ser sempre o “Relâmpago que chora”.


PS: sei que a tradução da letra que alguns estão imaginando do Arctic, não é tão ao pé da letra mas como as letras deles são tão loucas, cada um entende como fizer sentir melhor.

O Improviso que eu respiro

Estou aqui pra não deixar meu blog morrer, como eu havia prometido duas postagens mensais, no mínimo. Aqui é onde tomo um ar, é meu passeio nas letras, "mó viage" como diz um amigo. É meu mode solitário ligado, é a minha conversa com meu Tyler Durden, e acima de tudo, é meu modo de falar de um assunto corriqueiro da vida de todos sem nenhum pudor. Claro que todos percebem que falo muito de mim, mas o blog é meu porra, logo palavrões aqui vão ser usados como palavras super normais, queria também deixar em destaque que se alguem quizer comentar e tiver algum tema que queria ver um louco como eu falar sobre, fique a vontade.
É no fim das contas, não sou bom em escrever certinho, foi apenas um breve delírio umas postagens antigas que ficaram super cultas, Porém isso não vem ao caso, pois o que curto e o que sei fazer mesmo é improvisar desde: raps, textos, stand ups de meio de rua etcetera. Sei que ando longe dos meus raps, nem tanto, mas não quer dizer que deixei de lado esse meu lado (sacas?). Tenho muitos raps que não lancei, que pra mim já são eternos, pois não faço muito rap pra ficar parado no tempo, aliás meu estilo é muito louco não sei classificar, sei apenas que nunca deixei de escrever umas com romance. Minha idéia é um dia poder trabalhar, ir no estudio e gravar minhas músicas registrar essas porras e depois não ganhar nenhum centavo com isso =D. Outra idéia também que me ocorre as vezes é tentar comprar um violão, pra depois passar pra o baixo, e fazer uns raps com bases graves do instrumento, e sendo muito bem tocado, quem sabe....
Bem é isso acho que pior texto que esse de hoje não há, vou usá-lo como escala.